10 dicas incríveis de harmonização de vinhos


10 dicas incríveis de harmonização de vinhos

Equilibrar adequadamente as refeições com as bebidas que as acompanham é uma arte milenar. Com esse tipo de estratégia, é possível realçar aquilo que os pratos têm de melhor e tornar a experiência gastronômica ainda mais agradável e impactante para todos os presentes. Por isso, conhecer a harmonização de vinhos é algo extremamente importante.

A magia está nas inúmeras possibilidades de combinações, que criam sabores e resultam em experiências sensoriais inesquecíveis. Isso é algo indispensável para quem quer fazer de cada refeição algo que vai muito além da simples alimentação, transformando-as em momentos especiais.

Você já imaginou, por exemplo, degustar um queijo gorgonzola acompanhado de um vinho doce? Acredite, fica delicioso! Achou interessante? Então, continue a leitura e confira no post algumas dicas deliciosas e interessantes de harmonização de vinhos com pratos que fazem parte de nosso dia a dia!

Qual é a importância de harmonização?

Complementar as refeições com um belo vinho é algo que pode melhorar, e muito, a degustação dos alimentos e da própria bebida. Isso contribui para a evidenciação dos pontos fortes de cada um dos elementos, tornando a experiência gastronômica muito mais interessante.

Outra vantagem de caprichar na harmonização é a possibilidade de entrar em contato maior com os diversos tipos de sabores e nuances que temos disponíveis nos alimentos e, claro, nos vinhos.

Essa consciência pode contribuir para uma melhor relação com a comida, fazendo com que o ato de comer se torne muito menos automático e mais consciente, ou seja, prazeroso. Isso é fundamental para que possamos ter uma vida mais saudável, com uma dieta mais equilibrada e de qualidade.

Dica: Harmonização com especiarias: saiba como fazer

O que não pode ser deixado de lado?

Para harmonizarmos, no entanto, precisamos estar sempre atentos a algumas características essenciais dos vinhos. Dentre elas, podemos citar:

  • acidez;
  • teor alcoólico;
  • corpo;
  • taninos.

Além desse ponto, os elementos do prato também devem ser considerados. A temperatura, nível de açúcar, concentração de sal, acidez, amargor e muitas outras características também merecem uma atenção especial na hora de fazer as combinações.

Quais são as melhores dicas para acertar na harmonização de vinhos?

Agora que já sabemos o que levar em consideração na hora de combinar vinhos com as refeições, Vamos conhecer os principais pontos que devem ser considerados na hora de harmonizar, que tal partirmos para a fase mais prática do nosso bate-papo?

A partir de agora, você descobrirá dicas infalíveis para harmonizar vinhos com os mais variados tipos de refeições, incluindo alguns pratos típicos do Brasil e que fazem parte do dia a dia de maior parte da população. Tudo pronto? Então, confira a seguir!

1. Harmonize o vinho com o molho

Se você está preparando uma carne branca com molho, é mais interessante combiná-lo com o vinho. Se for um pomodoro, por exemplo, ou um molho de ervas, opte por um vinho tinto seco. Para que a bebida não tire o brilho do prato, escolha um rótulo mais leve e com um toque de acidez, como um Pinot Noir jovem.

Essa dica pode ser aplicada em qualquer receita que leve molho. Uma massa cuja cobertura seja feita de um queijo brie ou camembert pode ser acompanhada de um tinto com estrutura mediana, um Cabernet Franc ou um Merlot é uma bela pedida. No caso de queijos macios, o Espumante Sur Lie é uma ótima pedida. Para os cremosos, recomendamos o Terroir Exclusivo Viognier.

Independentemente de qual seja a sua escolha ou o tipo de prato desejado, uma coisa é certa: ao seguir essas sugestões, você acertará em praticamente todos os tipos de pratos que levam molhos. Com a prática, no entanto, esse tipo de raciocínio se tornará mais automático e as escolhas combinarão cada vez mais.

Dica: Harmonização com vinhos: qual a ordem correta para servi-los?

2. Equilibre o peso e o sabor da comida com do vinho

Um peixe cru ou grelhado, por exemplo, tem um sabor mais delicado e mais leve do que um risoto de frutos do mar, por exemplo. Assim, o primeiro pede um vinho mais leve e rico em aromas, como um Sauvignon Blanc, enquanto para a segunda opção você pode levar à taça um Chardonnay com passagem por carvalho.

O mesmo vale para carnes vermelhas. Um molho com carne moída ou uma carne de panela não muito condimentada não apresenta tanta gordura ao paladar. Portanto, podem ser acompanhados de um Merlot ou até mesmo de um Cabernet Sauvignon sem carvalho.

Já uma picanha assada com aquela espessa camada de gordura, além de mais peso na boca, apresenta sabor mais acentuado. Para elas, escolha um Tannat ou Syrah. O importante é que o peso e o sabor do vinho acompanhem o da comida. Uma das maneiras de mensurar isso é observando a quantidade de gordura e condimentos do prato.

3. Observe o teor de sal

Embora o sal não seja, de modo algum, um dos ingredientes mais difíceis de serem harmonizados, ele é responsável por “anestesiar” o nosso paladar. De certa forma, ao desfrutarmos de refeições muito salgadas, passamos a perceber os sabores de maneiras diferentes e com uma intensidade bastante reduzida.

Assim, ao mesmo tempo em que o sal pode suavizar alguns elementos de difícil combinação, como cogumelo, pode "brigar" com vinhos mais tânicos. Por isso, sempre que o sal estiver em destaque lembre-se dos espumantes brut ou demi-sec, pois o delicado açúcar residual ajudará no equilíbrio. 

Outra opção, caso você ainda não esteja muito habituado a degustar vinhos tânicos, é harmonizá-los com pratos mais salgados. Isso suavizará essa característica da bebida, tornando-a mais suave. Dessa forma, é possível se adaptar gradualmente a esse elemento, que nem sempre é apreciado logo de cara pelos degustadores.

Dica: Entenda a diferença entre degustação horizontal e vertical de vinhos

4. Combine pratos doces com vinhos doces

Assim como o sal é um elemento fundamental para a harmonização de vinhos, o açúcar também é. As sobremesas e doces em geral podem "mascarar" o caráter frutado da bebida, prejudicando a combinação e passando uma sensação amarga. Para evitar isso, o ideal é que você leve à taça um vinho igualmente doce.

Outra dica bem interessante é harmonizar vinhos adocicados com pratos igualmente açucarados. É isso mesmo! Esse tipo de experiência é bastante interessante e, ao contrário do que se imagina, pode dar muito certo. Mais uma vez, a prática leva à perfeição e com o tempo, você fará esse tipo de pareamento de forma bem mais natural.

Não precisa, necessariamente, ser um rótulo fortificado. Pode ser um delicioso colheita tardia, por exemplo. O importante é igualar o açúcar da bebida com o açúcar do prato.

5. Aposte na harmonização de vinhos por contraste

Lembra-se de uma das dicas dada acima? Ela se encaixa aqui. Pode parecer inusitado, mas combinar um vinho doce com um prato extremamente salgado (como o queijo gorgonzola) é delicioso.

Os opostos certamente se atraem e no mundo dos vinhos, isso não é diferente. Basicamente, há duas maneiras de harmonizar vinhos e pratos: por semelhança — como os vinhos doces com sobremesas — ou por contraste. Se você nunca experimentou a última, não sabe o que está perdendo!

Por isso, busque, sempre que possível, alternativas bem contrastantes para compor as suas harmonizações. Na grande maioria das vezes, os elementos principais tanto da bebida quanto da refeição são realçados graças a esse choque de sabores que explode em nosso paladar.

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6. Saiba utilizar a acidez a seu favor

Elemento importantíssimo quando falamos em harmonização de vinhos, a acidez pode trazer grandes benefícios para sua refeição. Em pratos com mais gordura, os ácidos do vinho limpam o palato e cortam o efeito pegajoso da comida.

Pratos ácidos também podem ser acompanhados por vinhos ácidos (é a semelhança descrita acima). Nesse caso, os sabores frutados e a doçura da bebida ficam realçados, enquanto a acidez suaviza.

Com isso, podemos perceber que a acidez é um elemento fundamental para compor as harmonizações e obter os melhores resultados possíveis. Abra a mente para esse tipo de bebida e experimente todas as suas opções!

7. Saiba combinar vinhos com frutos-do-mar

Os frutos-do-mar são uma composição importantíssima da culinária brasileira, especialmente quando falamos de regiões litorâneas. Felizmente, é possível combinar esse tipo de refeição com vinhos de qualidade, tornando os pratos ainda mais saborosos.

A primeira dica é fazer uma harmonização inteligente quanto ao molho que acompanha os frutos-do-mar. Para isso, basta seguir as dicas passadas na sessão sobre molhos, que também se aplicam muito bem a essa premissa.

No caso dos peixes, crustáceos e afins, uma dica que sempre vai bem é combiná-los com espumantes. O frescor desse tipo de vinho combina muito bem com a leveza desses alimentos e casa completamente com a maioria dos molhos e acompanhamentos. No entanto, sempre recomendamos que você experimente outras opções. Dentre elas, podemos recomendar o RSV Espumante Blush

Dica: Entenda como harmonizar vinhos com peixes

8. Escolha as melhores opções para o churrasco de domingo

Quem disse que o famoso churrasquinho do fim de semana só combina com cervejas? Embora esse tipo de bebida seja a combinação mais comum para os brasileiros, nada impede que os vinhos também façam parte do menu, trazendo sofisticação e sabor para o evento entre amigos e familiares.

Os vinhos combinam bastante com o churrasco porque contribuem com um importante elemento para a degustação das carnes escolhidas: a adstringência. Essa característica é fundamental para “limpar” o paladar, especialmente quando falamos sobre alimentos excessivamente gordurosos. Assim, é possível apreciar muito mais os cortes servidos!

Para isso, escolha vinhos com um corpo mais pesado ou espumantes, que apesar de serem bastante leves e refrescantes também têm uma acidez acentuada para equilibrar tudo em nosso paladar. Para vinhos tintos mais encorpados, uma opção é o Terroir Exclusivo Malbec, que combina perfeitamente bem com carnes vermelhas. Para os mais exigentes, no entanto, o Terroir Exclusivo Tannat é uma alternativa interessante.

9. Combine a bebida também com a sua feijoada

A feijoada é outro prato tipicamente brasileiro e que tem presença marcada em todas as mesas, nas mais variadas versões. Até mesmo veganos e pessoas com restrições alimentares podem se deliciar com essa refeição, desde que as devidas alterações sejam feitas.

Seja lá qual for o tipo de feijoada escolhido, é muito provável que ela seja composta de sabores fortes, como a pimenta, o próprio feijão-preto e os acompanhamentos (muitas vezes gordurosos, como é o caso da carne de porco). Nesse caso, escolher vinhos que equilibrem esse excesso de informações é importante.

Boas opções são os espumantes ou qualquer tipo de bebida com alta acidez. Outra característica que deve ser considerada é o nível de taninos, que pode ou não combinar com a textura do prato. Prefira, nesses casos, vinhos de tanino mais acentuados.

Dica: Conheça as diferenças de espumantes e suas características

10. Experimente vinhos com pratos típicos do Nordeste

Quando falamos sobre pratos do Nordeste, a comida é forte, influenciada pelas condições geográficas-econômicas e principalmente pelas comidas africanas/portuguesas (apesar de holandeses, franceses e ingleses terem permanecido na região por um certo tempo).

Os pratos contêm, geralmente, muitos vegetais, carne bovina e caprina, peixes e frutos do mar. Devido ao bioma da caatinga, os pratos adquiriram um sabor forte, apimentado e com alto teor calórico. Já no litoral do Nordeste, receberam um sabor carregado, além de uma variedade de ingredientes e cores. Os frutos do mar se destacam, com a produção de bobó de camarão, moquecas de peixe ou moluscos e crustáceos.

Saborosos e bem condimentados, esses pratos demandam vinhos que não cortem essas importantes características da refeição, que fazem parte de sua identidade. Portanto, precisamos optar por bebidas que dialoguem bem com esses elementos, sem ofuscá-los.

Boas opções são vinhos com alto teor de acidez e os espumantes. Os rosés também combinam bastante, especialmente com pratos mais apimentados, como o acarajé. Tintos, quando harmonizados, devem ser mais leves e menos complexos.

Apostando nessas dicas de harmonização de vinhos, você terá experiências gastronômicas únicas e inesquecíveis. O importante é experimentar diversas combinações e descobrir quais delas você prefere. Lembrando, vinhos e comidas somente são descobertos se praticarmos bastante e descobrimos, na prática, quais são as suas nuances e sabores.

Gostou deste artigo? Está pronto para começar a harmonizar vinhos e pratos típicos que fazem parte de seu cotidiano? Então, não perca mais tempo! Confira a nossa loja virtual e escolha agora mesmo o primeiro (ou primeiros) vinhos que você harmonizará com as suas refeições prediletas. Até a próxima!

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Por
27/02/2020

Enólogo, Sommelier e Embaixador da Marca.


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