Uma boa garrafa de vinho serve a muitos propósitos: relaxar após um dia cansativo, aproveitar um momento único com alguém especial, colocar a conversa em dia com os amigos, relembrar uma viagem marcante ou mesmo nos desligar do mundo lá fora e nos fazer mergulhar em um momento de descoberta e de aprendizado.
Entretanto, da mesma forma que um vinho de qualidade pode proporcionar momentos incríveis, um rótulo mal escolhido pode se mostrar uma grande frustração, pondo a perder um jantar ou um momento planejado com todo o cuidado.
Escolher os melhores vinhos para cada situação pode ser um desafio, mesmo para enófilos experientes. Afinal, são tantas castas, tantos terroirs diferentes, uma infinidade de aromas, texturas e sabores a nossa escolha.
Para ajudar você a sempre escolher os melhores vinhos, seja para um jantar ou para apenas degustá-los, nós preparamos este guia com tudo o que você precisa saber ao levar um rótulo para casa. Das principais castas de uvas viníferas até os aspectos sensoriais a serem observados, você poderá escolher o seu estilo sabendo exatamente em que está investindo. Confira!
1. Qual a ocasião?
O vinho é uma bebida versátil por natureza: desde um espumante fresco e leve até tintos mais encorpados e marcantes, não faltam opções que se adequam aos mais diversos gostos, climas e momentos.
E justamente por ser tão versátil é que você deve ter sempre em mente o contexto em que a garrafa será aberta. Está planejando um jantar formal ou um encontro descontraído entre amigos? Algo romântico ou uma degustação às cegas?
Uma vez que você definiu onde e quando o rótulo será provado, já pode começar a determinar o que você e seus convidados esperam da bebida.
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2. Quais as principais castas de uva?
Muitas pessoas acreditam que só é possível elaborar os melhores vinhos em solo europeu. Contudo, a verdade é que, apesar de a bebida de Baco ter suas origens no Velho Mundo, hoje é possível encontrar exemplares extraordinários praticamente no mundo inteiro.
Embora essa propagação da vinicultura de alto nível seja extremamente benéfica para a economia mundial e, obviamente, para o consumidor, ela pode dificultar ainda mais a tarefa de quem quer escolher o melhor vinho para seu evento.
Some-se a isso o fato de que existem, hoje, milhares de castas de uvas viníferas em todo o mundo, desde clássicos incontestes como a Pinot Noir, até variedades autóctones pouco conhecidas, exemplo disso são os vinhos portugueses.
Entretanto, mesmo nesse mar praticamente infinito de possibilidades, alguns varietais se destacam. São uvas que ganharam força com o tempo e que se destacam pela sua capacidade de produzir rótulos de excelente qualidade e de forma consistente, como uma espécie de porto seguro do enófilo, no qual ele sabe que pode se aventurar sem medo. As principais delas estão listadas logo abaixo.
2.1. Malbec
Originária da região de Cahors, no sudoeste da França, onde também é conhecida como Côt Noir ou Auxerrois, a Malbec é uma variedade que produz bagos de tamanho médio, com frutos bastante escuros e redondos, de cor preta azulada e polpa macia. Produz vinhos tintos muito interessantes, de coloração intensa, aromáticos e bastante equilibrados.
Recebeu o nome de Malbec na região de Bordeaux, na qual foi amplamente cultivada até meados do século XX, quando perderia espaço para cultivos de Merlot e de Cabernet Franc.
Foi na Argentina, porém, que a Malbec se destacou verdadeiramente, produzindo tintos muito concentrados e frutados, graças aos esforços de Nicolás Zapata, que, no vale de Mendoza, nos anos 90, conseguiu produzir frutos bem mais finos e em pleno ponto de maturação, de qualidade muito superior àqueles que eram cultivados até então, resultando em vinhos mais harmoniosos e sofisticados.
Embora os vinhos argentinos se destaquem no cenário mundial, também podemos encontrar bons cultivos de Malbec na Itália e em outros países do Novo Mundo, como Chile e Austrália.
Os rótulos de Malbec argentinos são excelentes parceiros para pratos com cogumelos, pato confit e carnes vermelhas em geral, sobretudo as de sabor mais forte, porém não tão gordurosas, como carré de cordeiro. Já os originários de Cahors, na França, vão muito bem com preparações intensas como o cassoulet, espécie de feijoada típica da região.
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2.2. Carménère
A Carménère é típica da região do Médoc, em Bordeaux, na França, lar de outros varietais emblemáticos, como o Petit Verdot.
A Carménère foi cultivada na França até a segunda metade do século XIX, quando a praga Filoxera assolou vinhedos em toda a Europa e acabou com todos os cultivos desse varietal na região. Após quase 200 anos sem se produzir um único Carménère, os enólogos davam a casta por extinta.
Entretanto, alguns imigrantes europeus, situados em solo chileno, levaram consigo algumas mudas de videira achando somente se tratar da casta Merlot, e entre elas estava escondida a Carménère. Assim, em 1850 havia o cultivo de exemplares de Carménère passando-se por Merlot na vinícola Viña Carmen, que iniciou suas atividades no Chile em 1850.
Foi apenas em 1994 que o ampelógrafo (profissional, identifica e classifica os tipos de uva) francês Jean-Michel Boursiquot identificou corretamente o varietal. Jean-Michel ficou curioso ao ver que algumas plantas de Merlot estavam amadurecendo antes das demais e, ao conduzir seu estudo, descobriu os exemplares de Carménère disfarçados.
O Chile, então, passou a adotar a uva como símbolo da vitivinicultura local, de forma semelhante ao que a Argentina fez com a Malbec.
Os vinhos produzidos com Carménère apresentam coloração rubi bastante acentuada e viva, e são reconhecidos pela elegância de seus taninos. Apresentam aromas de frutas negras, com delicadas notas apimentadas, quando maturados em carvalho, os vinhos apresentam nuances de chocolate e baunilha.
De forma geral, acompanham diversos pratos, como carnes assadas, massas com molhos ácidos (como bolonhesa) e condimentados.
2.3. Merlot
As curiosidades acerca da uva Merlot começam com a origem de seu nome. É consenso entre estudiosos que a uva tenha sido batizada em função do pássaro-preto, ou melro (chamado de merle na França), mas não se sabe ao certo se a inspiração foi a cor azul-escuro dos bagos, que lembram as penas negras da ave, ou o fato de que os melros costumavam se deleitar de seus frutos na época da colheita.
Os estudiosos apontam que a Merlot é descendente da Cabernet Franc, assim como a Carménère e a Cabernet Sauvignon. Acredita-se que tenha sido trazida à Europa a partir do Oriente Médio, como aconteceu com diversas outras variedades viníferas.
Na verdade, os registros de uso da Merlot para elaboração de vinho são relativamente recentes, datando de 1784, na icônica região de Bordeaux, na França. Na Itália, ela só apareceria muito tardiamente, em 1855, na região do Vêneto.
Não tardou, porém, para que a uva ganhasse o mundo, tornando-se hoje uma das variedades mais cultivadas. Contribui para isso a versatilidade desse varietal, que se adaptou muito bem aos climas do Novo Mundo. Hoje ela é cultivada em países como México, Israel, Chile, Suíça, África do Sul, Estados Unidos e Romênia.
É importante destacar o cultivo da Merlot no Brasil, onde tem ganhado importância desde a década de 1970, na Serra Gaúcha. De fato, o sucesso desse varietal na região é tão grande que alguns produtores acreditam que a Merlot deveria ser a uva emblemática da região.
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Os enólogos se dividem quanto ao cultivo da Merlot. Alguns preferem aproveitar o fato de a uva amadurecer rapidamente para colhê-la mais cedo, protegendo-a de chuvas e eventuais problemas do clima. Outros, porém, defendem uma colheita mais tardia, e acreditam que a uva mais madura desenvolve melhor seu potencial.
Os Merlots do Novo Mundo geralmente optam por deixar o fruto amadurecer no cacho, resultando em vinhos mais aromáticos, com muita presença de fruta, sabor acentuados, taninos aveludados e menor acidez.
Já os produtores da França e do Brasil preferem a colheita no momento certo, protegendo os bagos das chuvas de verão, deixando a bebida mais leve e elegante, aumentando seu frescor e longevidade. Fermentados produzidos segundo esse método possuem aroma mais discreto e fresco, apresentam sabor de frutas vermelhas mais azedas, como morangos e framboesas, taninos macios e acidez maior que a colheita tardia, porém ainda equilibrada.
Por não apresentar nenhum extremo em seu perfil de sabor, a Merlot é considerada uma casta eclética, que não demonstra grandes desafios no momento da harmonização. Vai bem com frango, carnes vermelhas, funghi, frios, legumes assados, risotos e quase todos os tipos de queijo. As ressalvas ficam por conta das saladas de folhas e dos peixes, além das comidas excessivamente apimentadas, que se sobrepõe facilmente à bebida.
Nos blends (também chamados vinhos de corte) com Merlot e Cabernet Sauvignon, típicos da região de Bordeaux, as carnes vermelhas são as mais indicadas, sendo possível até mesmo harmonização com hambúrguer e churrasco.
2.4. Cabernet Sauvignon
Resultado do cruzamento entre Cabernet Franc e Sauvignon Blanc, a Cabernet Sauvignon é uma das uvas tintas mais famosas e bem sucedidas do mundo, e há registros do século XVIII que apontam sua origem na região de Bordeaux.
A Cabernet Sauvignon se adapta muito bem a diferentes climas, e hoje é cultivada também na Itália, Espanha, Portugal, Nova Zelândia, Austrália, Chile, Argentina e Califórnia.
Por ser cultivada em todo o mundo, a Cabernet Sauvignon pode apresentar perfis de sabor e aroma muito distintos entre si, produzindo desde vinhos jovens, para um consumo mais descontraído, até rótulos com presença marcante, que equilibram muito bem a madeira com as características típicas da uva.
Possui cor rubi violácea intensa, adquirindo tons castanhos com o tempo. O aroma pode variar bastante em função do terroir: nos climas frios, apresenta notas de pimentão e especiarias; já os rótulos produzidos em climas mais quentes tendem a perder as notas vegetais e desenvolver um perfil mais frutado, denotando frutas negras, como ameixa e cassis. Tem bom corpo, com boa concentração de taninos e acidez elevada, constituindo uma bebida de sabor intenso, porém equilibrado.
Sua harmonização ideal é com queijos mais curados e amarelos, massas de sabor forte e carnes vermelhas, inclusive churrasco.
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3. Quais são as cores do vinho?
Ao nos debruçarmos sobre alguns dos varietais mais conhecidos e apreciados do mundo, vimos que cada um deles apresenta características distintas, apresentando perfis únicos em relação aos aromas, sabores e, até mesmo, texturas.
Um dos traços mais apreciados em um vinho, e que geralmente é o primeiro a ser avaliado, é a sua coloração. Longe de se limitar a tinto, branco ou rosé, ele pode apresentar diversas nuances de cor, e é possível, a partir dessa característica, saber o que podemos esperar da bebida antes mesmo de prová-la.
Os tintos devem sua cor à presença da casca durante o processo de fermentação, enquanto que os brancos são elaborados a partir de uvas brancas ou de uvas tintas cuja casca não manteve contato com o líquido. Vinhos rosados estão no meio do caminho, apresentando a delicadeza dos brancos e coloração que remete aos tintos. Basicamente, o contato com a casca da uva não ultrapassa algumas poucas horas, sendo suficiente para alcançar a tonalidade esperada.
Para fazer o exame visual, deve-se inclinar a taça contra um fundo branco, que pode ser uma simples folha de papel, por exemplo. No centro avaliamos a tonalidade do vinho, enquanto que nas bordas percebem-se os reflexos. O limite do líquido inclinado, chamado de unha, indica o envelhecimento da bebida: quanto maior o halo aquoso, mais envelhecido será o fermentado.
Classificamos as cores do vinho quanto à tonalidade, à intensidade (mais claro ou mais escuro) e ao brilho. Via de regra, diz-se que os mais escuros são mais encorpados, por conterem maior concentração de sólidos. Tenha em mente também que quanto mais brilhante é a cor, mais jovem e ácida é a bebida, enquanto cores mais esmaecidas indicam bebidas mais velhas e macias.
Todos os vinhos, sejam tintos, brancos, rosados, doces ou espumantes, com o tempo tendem ao âmbar, ou seja: os tintos clareiam e os brancos escurecem. Quando o vinho se encontra nessa tonalidade, em geral, já passou bastante de seu ponto ideal de consumo.
A coloração dos vinhos deriva da presença de antocianinas, sendo estas moléculas parte importante do grupo dos polifenóis. Dependendo da variedade de uva, ponto de maturação da fruta e processo de vinificação e envelhecimento a coloração do produto mudará drasticamente. A cor dos tintos evolui da seguinte forma:
- vermelho-púrpura: vinhos jovens, com maior tanicidade e acidez;
- vermelho-rubi: de jovens a prontos, com equilíbrio entre tanicidade, acidez e maciez;
- vermelho-granada: vinhos ligeiramente envelhecidos, já com perfil mais macio;
- vermelho-alaranjado: já bastante envelhecidos, com taninos amaciados.
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Os vinhos brancos, na verdade, transitam em tons de amarelo, e os mais jovens possuem muito brilho e reflexos esverdeados. São feitos para serem consumidos jovens, quando apresentam suas características mais notáveis. Apresentam a seguinte evolução de cor:
- amarelo-esverdeado: vinhos jovens, muito frescos e brilhantes e com boa acidez. São geralmente produzidos com uvas colhidas antes de sua maturação completa;
- amarelo-palha: obtidos a partir de uvas em plena maturação, apresentam excelente equilíbrio entre acidez e maciez;
- amarelo-dourado: costumam vir de uvas bem maduras, e apresentam perfil mais macio que ácido. A coloração dourada sem brilho pode também indicar oxidação, como veremos mais à frente;
- amarelo-âmbar: feitos com técnicas que produzem vinhos licorosos, possuem perfil bastante favorável à maciez.
4. Como avaliar o visual do produto
Apesar de a cor e os reflexos do vinho poderem mostrar diversas características, como vimos, geralmente você não terá a chance de avaliar o líquido na taça no momento da compra.
Existem, porém, indicativos visuais que podem demonstrar a qualidade do produto sem que seja necessário abrir a garrafa, e aos quais você deve estar atento ao realizar a compra.
4.1. Garrafa
A garrafa deve estar intacta, sem rachaduras as lascas. Qualquer brecha pode servir como canal para a entrada de ar, o que resultaria em oxidação.
No caso dos vinhos brancos, armazenados geralmente em garrafas transparentes, avalie a cor da bebida, segundo os critérios que já vimos, procurando traços que indiquem oxidação.
Esteja atento também à cápsula, aquele material metálico que envolve a rolha e o gargalo. A cápsula deve estar intacta, selando a garrafa e protegendo a rolha.
4.2. Rolha
A rolha também deve estar intacta, fechando todo o gargalo. É fundamental que ela esteja rente ao gargalo, nunca ultrapassando esse limite. Uma rolha saltada geralmente indica uma fermentação dentro da garrafa, aumentando as chances do vinho estar oxidado e/ou contaminado.
4.3. Quantidade de líquido
Já reparou que as garrafas de vinho não deixam muito espaço vazio? Essa quantidade de líquido é intencional e a ideia é reduzir a quantidade de ar em contato com a bebida. Se a garrafa tiver uma quantidade de líquido reduzida, pode ser sinal de vazamentos e consequente oxidação.
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5. Qual a importância da safra?
Existe um mito muito difundido entre as pessoas mais leigas de que quanto mais velho o vinho, melhor. Embora haja, sim, vinhos chamados “de guarda”, que se desenvolvem muito bem com o passar das décadas, eles são uma raridade, e respondem por cerca de apenas 10% da produção mundial.
De fato, essa concepção existe, em grande parte, devido ao desejo dos produtores de vender rótulos envelhecidos — e, portanto, mais caros —, além de fomentar os preceitos clássicos sobre o consumo.
Além disso, vinhos mais envelhecidos costumam apresentar perfis aromáticos e de sabores mais complexos e sofisticados, e podem ser bastante difíceis de apreciar por quem está dando seus primeiros passos na apreciação da bebida de Baco.
A maioria dos fermentados elaborados hoje são pensados para um consumo rápido, com brancos atingindo seu auge em 3 anos e a maioria dos tintos pensada para não ultrapassar 5 anos.
6. Quais os principais defeitos de um vinho?
Como tudo mais, também os vinhos podem apresentar defeitos, e é importante que você conheça os principais deles para saber se o que você comprou é um produto de qualidade ou se sofreu algum erro de produção, armazenamento ou transporte.
6.1. Desequilíbrio
Os vinhos têm basicamente três elementos característicos: álcool, acidez e presença de taninos. O álcool é um dos principais responsáveis pelo corpo da bebida e pelo seu calor. A acidez estimula a salivação, sobretudo nos cantos laterais da língua e contrapõe os taninos, responsáveis pela sensação de aspereza da boca.
Um rótulo desequilibrado é aquele em que qualquer um desses traços pesa muito, chegando mesmo a apagar as demais qualidades da bebida.
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6.2. Oxidação
Como vimos, vinhos de coloração âmbar têm grande possibilidade de estarem oxidados, sobretudo se falamos de brancos. Isso ocorre devido à ação do oxigênio nos componentes da bebida e, embora possa ocorrer naturalmente com o tempo, esse processo será acelerado se a garrafa não proporcionar uma boa vedação.
A oxidação também pode ser acelerada pela exposição direta à luz, sobretudo em vinhos armazenados em garrafas transparentes. Quando oxidados, mostram-se pobres, com aromas desagradáveis, lembrando uma maçã passada. O vinho nessas condições também aparece curto em boca, sem expressão e sem acidez.
6.3. Excesso de barrica
A escolha da barrica para a maturação do vinho é crítica para o enólogo. Isso porque os diferentes tipos de carvalho vão conferir distintas características ao produto final. E, embora essas características sejam desejáveis na maioria das vezes, quando mal dosadas podem sobrepujar os traços típicos do fermentado.
Assim, um vinho que tenha passado tempo demais em barrica pode apresentar aromas resinosos da madeira, taninos duros e ásperos (sobretudo com alguns tipos de carvalho francês) e notas de torrefação muito acentuadas, que se sobrepõem aos aromas naturais da bebida.
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6.4. Falta de tipicidade
Imagine, por exemplo, que você abre um Merlot francês. Espera-se que ele seja delicado e fresco, com taninos mais domesticados e boa acidez. Entretanto, a garrafa não apresenta essas características próprias desse varietal, ou as apresenta de forma muito tímida. A isso chamamos falta de tipicidade, quando o vinho não se comporta de acordo com o que seria típico daquela casta.
Pode ser causada por excesso de rigor nas provas ou por excesso de intervenções na vinificação.
E aí, gostou de aprender tanto sobre os melhores vinhos? Com o seu conhecimento e as dicas que apresentamos você pode se sentir muito mais seguro não só na escolha dos melhores rótulos, mas também na hora de degustar e apreciar sua bebida favorita.
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