Degustar um bom vinho é o suficiente para ter uma experiência incrível, não é mesmo? Ainda mais sabendo a história que existe por trás da sua elaboração. Pensando nisso, você sabia que no dia 24 de novembro é celebrado o carénèere day?
Nada é mais justo, já que a trajetória da vinha passa por um longo período de desaparecimento até ser redescoberta há pouco mais de duas décadas em outro continente, o que a torna ainda mais interessante. Quer aprender mais sobre essa uva e o vinho que ela produz? Então, continue a leitura, pois neste post a gente fala sobre isso e como tirar o máximo proveito da bebida, acompanhe.
Carménère Day: o que é
Bom, com toda essa história de redescoberta da uva perdida, uma data especial para comemorar essa casta é mais do que justo, concorda? Por conta disso, o dia 24 de novembro foi o dia escolhido para homenageá-la desde 2014, ano em que completou 20 anos do seu ressurgimento.
O Carménère Day é organizado pela Wine Of Chile, uma associação privada sem fins lucrativos que representa os produtores de vinhos do Chile. O evento é anual e tem a intenção de promover os vinhos dessa casta que são elaborados no país.
Por meio de um bate-papo online no Twitter, diversos apreciadores e blogueiros de vinho e estilo de vida, conversaram sobre a variedade e sua história, além de dicas sobre a bebida.
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Durante o dia todo, a #carmenere trouxe mais informações sobre a casta e os vinhos às redes sociais, como Facebook e Instagram — inclusive conteúdos elaborados por sommeliers.
Embora o Carménère deva ser apreciado o ano inteiro, o Carménère Day é mais um bom motivo para ter degustar esse vinho. Afinal, é bem interessante poder trocar experiências ao vivo com quem também adora a bebida.
A história da casta
A uva tão famosa no Chile, na verdade tem origem na região de Bordeaux, na França. Trazida pelos imigrantes europeus durante o século XIX, era confundida com a Merlot e por isso, passou tanto tempo dada como extinta depois do que aconteceu. Ficou curioso? Contamos tudo a seguir.
A praga
Em 1860, um inseto com pouco mais de 3 milímetros, chamado Filoxera, dizimou parte das videiras da Europa. Historiadores dizem que ele chegou à região por meio de mudas vindas da América do norte, já que era bem comum essa importação para o experimento de enxertos entre as vinhas.
Com isso, diversos vinhedos foram destruídos pela praga, principalmente na França e Portugal. O local mais atingido foi o que a Carménère era cultivada, sendo considerada extinta por mais de 130 anos.
A redescoberta
Felizmente, no Chile, imigrantes plantaram vinhas de Carménère achando que se tratava da Merlot. Aliás, era muito comum na época que castas diferentes fossem plantadas no mesmo lugar, o que facilitou essa confusão.
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Nos anos 90, um enólogo francês notou que algumas cepas do que seria Merlot demoravam mais a amadurecer e quis estudar essa questão. Então, em 1994, ele descobriu que, na realidade, essas vinhas eram a uva perdida de Bordeaux.
O reconhecimento
Em 1996 foi lançado o primeiro vinho Carménère, porém o rótulo tinha outro nome, pois a cepa ainda não era inscrita no Ministério da Agricultura. A oficialização da casta foi dada em 1998, completando assim 2 décadas em 2018.
Desde então, ela é responsável por boa parte dos vinhos chilenos de excelente qualidade. Vale dizer que ela também é cultivada na Itália e na China, mas a quantidade é bem inferior que a do Chile.
O vinho Carménère
A Carménère é uma vinha um tanto quanto complicada de ser cultivada, digamos assim. Embora sua origem seja francesa, foi no Chile que ela encontrou as condições ideais para o desenvolvimento de uma bebida elegante, bem estruturada e com sabor marcante.
Características
Se as uvas forem colhidas no momento exato, elas têm frescor e aroma de cereja e ameixa. O vinho tem coloração escura e profunda, taninos macios, sedosos e aveludados e aroma de frutas negras maduras, terra úmida e pimenta. Quando envelhecido em barris de carvalho, apresentam notas de tabaco, baunilha e chocolate.
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Quanto à doçura, quase sempre é seco, porém, pode ter açúcar residual a mais que beira o suave. Originalmente, tem baixa acidez, que costuma ser corrigida com outras uvas, já que é permitida até 15% de outras castas na elaboração do vinho. Além disso, é bem encorpado e tem graduação alcoólica entre 13,5% e 15%.
Existem algumas pessoas que torcem o nariz para o Carménère. Isso porque a bebida pode apresentar uma nota inconfundível de pimentão verde que desagrada. Sendo assim, a colheita não deve ser tão cedo, para não resultar em um vinho com muitas notas herbáceas, e nem tão tarde, porque originam bebidas pesadas e enjoativas.
Harmonização
Depois de aprender mais sobre a história da Carménère e as características desse vinho, que tal degusta-lo? Para isso, uma harmonização perfeita realça tanto os sabores da bebida quanto dos pratos eleitos.
Como entradas você pode apostar em saladas variadas e frescas, azeitonas e queijos, como mussarela e parmesão. Essa dica também vale para petiscos numa bela degustação.
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Já nos pratos principais, a bebida vai muito bem com massas com molhos condimentados e carnes pouco gordurosas, como peru, cordeiro e alguns cortes de porco e boi. Há quem diga que o Carménère é sensacional com comida árabe. Portanto, se o cardápio incluir quibe, kaftas e esfihas, invista nesse vinho.
Engana-se quem acha que para encontrar um bom exemplar é necessário ir até o Chile. As importadoras, como a DOMNO, trazem rótulos incríveis. E o melhor é que é possível adquirir sem sair de casa, por meio da loja online.
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O Carménère Day é uma data escolhida para homenagear essa casta que tem uma história muito interessante. Com vinhos de ótima qualidade, sabores e aromas inconfundíveis, ela se tornou um dos símbolos da enologia chilena e um dos tipos de uva mais apreciados no mundo todo.
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