Você sabe o quanto as rolhas são importantes para a conservação dos vinhos? Se você já provou algum vinho estragado por problemas de vedação, é provável que você já tenha entendido o valor delas. Existem variados tipos de rolha e, por isso, saber qual delas é a mais indicada para cada caso é essencial para manter a qualidade da bebida.
Antigamente, as rolhas feitas de cortiça eram mais usadas para vedar vinhos e era costume que as pessoas as colecionassem. Contudo, a escassez da matéria-prima para a fabricação da rolha de cortiça e as inovações do mercado da vinicultura fizeram com que surgissem vários outros tipos de rolhas — que, diga-se, têm sido cada dia mais utilizadas.
Para que você conheça os tipos e os efeitos das rolhas nos vinhos, preparamos este post! Continue a leitura e saiba mais!
Rolhas de cortiça
A tradicional rolha de cortiça é a que mais se associa aos vinhos — seu uso é adotado como padrão de vedação das garrafas desde o século XVII. A cortiça é um material natural extraído da casca do sobreiro, árvore muito comum em Portugal — por isso, esse país é o maior produtor de cortiça do mundo.
Para que se possa extrair o material dessas árvores, é necessário aguardar a idade mínima de 20 anos. Após a primeira leva, a casca poderá novamente ser extraída a cada nove anos. Com muita longevidade, elasticidade, permeabilidade e aderência, as rolhas de cortiça evitam que o oxigênio entre em contato com vinho no interior da garrafa.
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Contudo, o material é bastante vulnerável à contaminação por tricloroanisol (TCA), que pode provocar mau cheiro — o que estraga completamente o vinho. Estima-se que de 2 a 5% dos vinhos vedados com rolhas de cortiça têm problemas ocasionados pelo tricloroanisol.
O TCA é um dos motivos pelos quais foi preciso inventar novas maneiras de vedar as garrafas de vinho, pois essa substância química é extremamente volátil e libera um aroma bem desagradável de mofo.
Selecionamos os três tipos mais comuns de rolha de cortiça, confira:
Rolha de cortiça maciça
Sua produção é feita apenas de cortiça. Essa é a opção de melhor qualidade. Quanto mais longa, larga e elástica a rolha for, melhor para que ela tenha a aderência necessária para vedar bem a boca da garrafa.
Rolha de aglomerado de cortiça
É feita a partir de pequenos pedaços de cortiça unidos por uma cola especial. Sua elasticidade e durabilidade são menores, portanto, costuma ser utilizada em vinhos jovens.
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Rolha de espumante
Diferente do que as pessoas imaginam, a rolha de espumante é perfeitamente cilíndrica e adquire o formato semelhante a um cogumelo ao longo do período em que permanece no gargalo da garrafa.
A parte superior - que fica para o lado de fora da garrafa - apresenta o diâmetro original da rolha e é constituída por cortiça aglomerada. Já a parte inferior, geralmente composta por dois discos de cortiça maciça, diminui de volume em função da pressão exercida pelo gargalo da garrafa.
Rolha sintética
A rolha sintética chegou ao mercado no começo dos anos noventa, como uma alternativa às rolhas de cortiça. Elas são mais acessíveis e não são vulneráveis à contaminação por TCA.
No entanto, o tempo de conservação e a vedação proporcionados pelas rolhas sintéticas ainda não são comprovados. Isso faz com que elas ainda provoquem desconfiança dos apreciadores mais conservadores.
São muito utilizadas em vinhos mais jovens. Sua durabilidade gira em torno de 5 anos e cerca de 20% das garrafas comercializadas mundialmente, são vedadas com esse tipo de rolha.
Tampa de rosca
Também conhecida como “screw cap”, esse tipo de vedação é pesquisado para uso em vinhos desde os anos sessenta na Austrália. Há muito tempo ela é utilizada com sucesso em outras bebidas como sucos, destilados e água mineral.
Trata-se de uma tampa metálica de rosca e sua parte interna é coberta com plástico inerte que limita o contato do oxigênio com o vinho. Este modelo é utilizado recentemente com sucesso na produção de vinhos em alguns países — como o Brasil, os Estados Unidos, a Argentina, o Chile, a Austrália e a Nova Zelândia.
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Como principais vantagens dela podemos citar o baixo custo de produção, a facilidade de manuseio — uma vez que dispensa o saca-rolhas —, é reciclável e não é vulnerável à contaminação por TCA.
No entanto, carecem estudos de sua aplicação a longo prazo em vinhos de guarda. Assim, o emprego desta tampa ocorre apenas em vinhos jovens.
Rolha de vidro
Apesar de pouco comuns, as rolhas de vidro entraram aos poucos no segmento. Sua fabricação começou nos anos 2000 e, por isso, são pouco conhecidas. Elas são totalmente inertes, evitando interferências no aroma do vinho.
Possui boa vedação: por meio de um anel de silicone, a rolha de vidro impede que o vinho entre em contato com o oxigênio, o que também evita contaminação por TCA.
É uma tendência crescente, principalmente para os vinhos jovens.
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