Como as características da garrafa influenciam no vinho?


Como as características da garrafa influenciam no vinho?

De onde vem o vinho? De qual ou quais uvas ele é feito? Qual é o seu terroir? Qual é o teor alcoólico? Quais são suas notas, seus aromas? Vamos tomá-lo comendo o que? Quando se trata de vinhos não é apenas escolher uma garrafa a esmo, abri-la e tomá-la sem motivo, num ato corriqueiro. É preciso um mínimo de conhecimento e respeito àqueles que preparam a bebida que está em nossas mesas. Por falar em garrafas, você sabe quais são as características da garrafa de vinho?

É importante saber que as garrafas não servem apenas para armazenar o vinho e que existem diferentes tipos, cores e formatos. Algumas delas viraram até mesmo itens de coleção! Além de manter a qualidade do vinho, facilitar o transporte e o armazenamento, as garrafas de vidro exercem outras funções importantes para que a bebida se mantenha nas melhores condições até o consumo. Vamos falar um pouco sobre isso!

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Um gole de história

Historicamente, os vinhos eram armazenados e até mesmo vendidos em jarras e tonéis. Os gregos antigos utilizavam recipientes de cerâmica para servir a “bebida de Baco”. A descoberta do vidro é controversa e muitos apontam para os navegadores Fenícios, que notaram a formação de material vítreo após as imensas fogueiras nas areias das praias. Isso, segundo documentos deixados pelo historiador romano Plínio Caio, no século I a.C.

Entretanto a utilização do material para a fabricação de garrafas de vinho se dá no século XVII. Um recipiente resistente, reciclável e inerte. A partir daí, desenvolveram-se diferentes tipos de tradições para a fabricação de garrafas e, portanto, diferentes formatos.

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Diferentes “corpos”

Sim, as garrafas têm um corpo e esse corpo tem partes importantes que você precisa saber os nomes. De cima para baixo temos o gargalo, onde corriqueiramente chamamos de “boca da garrafa”. Então temos o pescoço, os ombros, o bojo e a base.

Tais nomenclaturas são bem intuitivas e podem ajudar a identificar os tipos mais característicos de garrafas que existem no universo dos vinhos.

Bordalesa

Originárias da região de Bordeaux, na França, essas garrafas apresentam o bojo cilíndrico e os ombros acentuados, para facilitar a retenção de resíduos sólidos nessa região. Esses recipientes também apresentam um pescoço mais curto e são utilizados para vinhos de longa guarda.

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Borgonhesa

Mais ao centro da França está a região de Borgonha. Ali são produzidas garrafas com os ombros mais curtos e menos marcados. O bojo é quase cônico e é utilizado com frequência tanto para vinhos brancos, como para vinhos tintos, especialmente Chardonnay e Pinot Noir

Renana

Essa nomenclatura nos remete ao rio Reno, de extrema importância histórica e econômica na Europa Central. Ela nasce nos Alpes e vai até os Países Baixos, passando por Suíça, Áustria, Alemanha, França e Holanda. Em se falando de vinhos, em qual desses países você acha que se desenvolveu tradição de garrafas renanas?

Por incrível que pareça, esses recipientes são fabricados na Alemanha! Tais garrafas são utilizadas para armazenamento exclusivo de vinhos brancos, como Riesling e Gewurztraminer. Apresentam bojo alongado e ombros atenuados e, em geral, é mais alta que as outras garrafas.

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Do Porto

Para Vinhos do Porto, garrafas do Porto! Tipicamente portuguesa, essa tradição produz recipientes um pouco mais baixos, com bojo mais largo e ombros bem acentuados. Ela é utilizada para vinhos fortificados e, claro, vinhos do Porto. Há algumas variações de garrafas do Porto levemente mais altas, que levam Xerez e Marsala em seu interior.

De Champagne

Voltando à França, falaremos da tradicional região de Champagne. São produzidas as garrafas perfeitas para os espumantes produzidos ali. Ela se assemelha à garrafa borgonhesa, com ombros curtos, porém, mais baixos. Além disso, o vidro é mais espesso para aguentar a pressão interna, gerada pela gaseificação da bebida.

   

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O porquê das cores

A coloração verde nas garrafas é proveniente da queima da turfa, um dos combustíveis mais comuns utilizados no processo de fabricação do vidro. A turfa é um material orgânico e esponjoso, utilizado também como adubo. Quando queimado ele produz uma fumaça verde que impregna o cristal de vidro.

As garrafas escuras reduzem a ação da luz externa sobre o líquido. Lembrando sempre que manter o vinho distante da luz é um dos princípios do acondicionamento da bebida. Sendo assim, tanto o vidro verde como o âmbar exercem bem essa função.

A coloração da garrafa também pode variar de acordo com a tradição de fabricação das garrafas, entretanto, as garrafas verdes envolvem menos custo em sua produção e, portanto são mais comuns no mercado.

Por sua vez, as garrafas transparentes, utilizadas para armazenar vinhos brancos ou rosés nos dá um alerta: esses vinhos são feitos para um consumo rápido e não para ficar muito tempo na sua adega, uma vez que ele sofrerá com a incidência de luz sobre a garrafa.

  

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Garrafas de todos os tamanhos

Existem garrafas de vinhos de diversos tamanhos, embora as mais comuns nas prateleiras sejam as de 750 ml. Acredite se quiser, os tamanhos variam de 187 ml a 30 Litros. Os tamanhos maiores são mais adequados para evitar a oxidação precoce dos vinhos, enquanto as gigantescas são utilizadas para celebrações. 

Existem muitas teorias que estabelecem o motivo pelo qual as garrafas de 750 ml se popularizaram. A mais plausível até então é a de que, quando os vinhos de Bordeaux eram comercializados em barricas pelos ingleses, cada barrica continha 225 L, que corresponde a 300 garrafas de 750 ml. Assim a conta fechava e não haveria confusão com os diferentes sistemas métricos utilizados entre os dois países.

Os recipientes, assim como as uvas e os processos de fabricação, passaram por transformações e evoluções até chegarem às características da garrafa de vinho atualmente. São infinitas as histórias, fatos e boatos que permeiam essa bebida que coleciona apreciadores pelo mundo.

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