Enologia para leigos: 14 erros mais comuns dos iniciantes em vinhos


Enologia para leigos: 14 erros mais comuns dos iniciantes em vinhos

É de conhecimento popular que beber vinho traz diversos benefícios à saúde. Por isso, é natural que as pessoas queiram sempre escolher bons rótulos e degustar a bebida com amigos e com a família. Contudo, sabemos que inserir-se no universo da enologia nem sempre é algo simples.

Aliás, é bem comum que algumas gafes sejam cometidas por falta de conhecimento e informação sobre o assunto. Então, se você também tem dúvidas com relação ao mundo do fermentado da uva, saiba que você não está sozinho!

E, para que você possa apreciar essa bebida de maneira correta e com mais prazer, listamos nesse post os 14 principais erros de iniciantes em vinhos. Assim, você aprende também como evitá-los. Interessado? Acompanhe e confira!

1. Servir o vinho na temperatura errada

A temperatura influencia bastante na percepção que você pode ter do vinho. Quando ele é servido muito quente, o álcool se sobressai e a degustação deixa de ser prazerosa.

Em contrapartida, se a bebida for servida muito fria, corre o risco de perder completamente o seu gosto e os seus aromas, tornando a prova sem graça e, em alguns casos, até mesmo desagradável.

Por isso, servi-lo na temperatura correta é fundamental para que a bebida expresse todo o seu potencial. É preciso, inclusive, ter um cuidado especial em cidades que experimentam grandes oscilações de temperatura de acordo com a época do ano.

Dica:

2. Julgar o conteúdo pelo rótulo

Não deixe que o rótulo e o formato da garrafa sejam os principais fatores a influenciar você na decisão entre um vinho ou outro. Afinal, alguns produtos até contam com bons designs e ilustrações, mas podem não fazer tão bonito quando estiverem na taça.

O importante é lembrar que a qualidade do vinho não é equivalente à beleza do seu rótulo, à concavidade do recipiente ou mesmo do tamanho da garrafa. Assim, se você está em dúvida sobre qual vinho escolher para uma ocasião especial, busque a opinião de críticos ou peça ajuda para o especialista em vinhos do estabelecimento. 

Dica: Você sabe o que faz um enólogo?

3. Achar que rolha é a melhor opção

Frequentemente, as pessoas acham que os vinhos fechados à rolha são produtos de melhor qualidade em relação aos lacrados com tampa de rosca — também conhecidas como screw caps

Mas, na realidade, as tampas de rosca são muito eficientes para a vedação das garrafas. O maior objetivo desse tipo de fechamento é dificultar a entrada de oxigênio no recipiente, garantindo que as bebidas permaneçam frescas e preservadas até seu consumo.

Já as tampas naturais (de cortiça) são utilizadas para vedar vinhos de guarda ou mais nobres. Isso porque permitem, com o passar do tempo, uma entrada mínima de oxigênio na garrafa, garantindo o envelhecimento da bebida a longo prazo.

Então, se você tem preferência por comprar vinhos de safras mais recentes e jovens, e os consome dentro de pouco tempo, tanto faz escolher garrafas vedadas à rolha de cortiça, sintética ou tampas de rosca.

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4. Beber sempre o mesmo vinho

Esse é um dos mais comuns erros de iniciantes em vinhos. Algumas pessoas, assim que encontram um tipo de vinho de que realmente gostam, não trocam aquele exemplar por nada, com medo de errar nas escolhas futuras.

Contudo, isso pode impedir a ampliação de seu conhecimento sobre essas bebidas, além de fazer com que você perca oportunidades de provar vinhos extraordinários.

Assim, se você tiver interesse em sair do patamar dos iniciantes em vinhos, torne sua experiência na degustação o mais variada possível. Sempre que puder, experimente vinhos de outros tipos de uva, de outras regiões, climas e estilos.

Outra ideia é explorar opções de países diferentes dos tradicionais, como Argentina e Chile, por exemplo. E se engana muito quem acha que vinho brasileiro não é bom! Existem diversas vinícolas nacionais vencedoras de prêmios, e que contam com vinhos consagrados. Vale a pena experimentar!

5. Servir vinhos na sequência inadequada

Imagine que você vai receber amigos na sua casa e tem à sua disposição diferentes tipos de vinho. Sem dúvida, pegará mal servi-los em uma sequência que não faça sentido e atrapalhe a degustação, certo?

De fato, é  preciso considerar as características de cada vinho para que nenhum deles se sobressaia ou confunda as notas daqueles que vêm na sequência.  Logo, quando for servir diferentes vinhos em uma mesma ocasião, considere a seguinte ordem:

Leves → Encorpados

Aquelas bebidas que fazem um maior volume na boca quando degustadas devem ser servidas por último. A ordem natural seria começar com espumantes, seguir para os brancos, rosés, tintos e, por último, os fortificados que acompanham sobremesas. 

Brancos → Tintos 

Essa série se assemelha à anterior, na qual os vinhos brancos geralmente são mais leves que os tintos. Entretanto, ela não precisa ser seguida ao pé da letra. Algumas exceções de vinho branco podem ser mais encorpadas que alguns rosés e até tintos leves.

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Menos alcoólicos → Mais alcoólicos

Também é bom considerar isso, já que a variação da quantidade de álcool no vinho pode causar sensações de peso e doçura da bebida.

Dica: Qual o papel do teor alcoólico presente no vinho?

Mais secos → Mais doces

Geralmente, as bebidas mais doces enchem o paladar e acabam deixando as demais sem gosto, não tão interessantes. Evite, portanto, começar com os vinhos mais doces.

Jovens → Envelhecidos

Os vinhos envelhecidos costumam ser mais complexos que os mais jovens. Por isso, faz mais sentido servir safras mais recentes antes para que seja possível acompanhar a evolução da bebida com o passar do tempo. 

6. Encher demais a taça

A apreciação da bebida também faz parte da experiência de tomar vinho. Ao encher demais a taça, você não considera o espaço vazio que é necessário para girar o vinho, expandir seus aromas e oxigená-lo.

Com a taça muito cheia, também não é possível incliná-la para observar a cor, as lágrimas e outras características da bebida. Além disso, o vinho pode esquentar e proporcionar a você uma experiência diferente da esperada. 

Por isso, para garantir uma experiência adequada de degustação, a forma correta de servir é completar cerca de 1/3 da capacidade da taça.

Dica: Conheça mais sobre o universo dos espumantes

7. Guardar a garrafa de maneira equivocada

Um bom vinho só pode proporcionar os melhores benefícios se for armazenado de maneira correta. E, para isso, você precisa guardar a bebida na temperatura ideal.

Vinhos tintos devem ser guardados a uma variação de 13 – 17 graus, enquanto os brancos pedem temperaturas em torno de 12 – 14 graus. Portanto, não caia na tentação de armazenar suas garrafas em ambientes que sofrem grandes variações de temperatura, como cozinhas ou estantes que recebem a incidência do sol.

Agora, nem todo mundo pode ter uma adega em casa, e essa também não é a única forma de guardar os vinhos da maneira certa. Um espaço embaixo da escada ou o fundo do armário já são bons o suficiente para a correta conservação das bebidas — desde que atendam às suas especificações de conservação.

8. Comprar vinhos pelo preço

Como você deve saber, nem sempre o preço é um sinônimo de qualidade. Comprar vinhos pela pontuação recebida ou pelo preço da prateleira dificilmente vai ajudar você a encontrar o tipo de uva preferido, por exemplo.

Tente fazer sua escolha baseando-se na sua experiência com aquela bebida e com o que mais agrada o seu paladar. Até porque restringir demais a busca pode fazer com que você não experimente vinhos de alta qualidade e com preços acessíveis.

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9. Deixar o vinho “respirar”

Se você já leu algum conteúdo sobre vinhos, ou mesmo viu a cena em algum filme ou documentário sobre o assunto, é provável que saiba que deixar a bebida "respirar" é um procedimento muitas vezes adotado pelos entendedores do assunto.

Isso porque, ao entrar em contato com o vinho, o oxigênio acelera seu processo de oxidação, “envelhecendo-o” mais rapidamente e acentuando suas melhores qualidades.

Contudo, é necessário esclarecer que essa não é uma técnica recomendada para todos os tipos de vinho. Vinhos brancos, por exemplo, não devem passar pelo processo de respiração.

Dica: Você sabe o que é "respiração do vinho"?

Da mesma maneira, engana-se quem pensa que deixar o vinho respirar significa sacar a rolha da garrafa e deixá-la aberta por algum tempo antes de consumir. Como já mencionamos, é o contato do oxigênio com a bebida que faz com que o processo de oxidação ocorra.

Então, cá entre nós: faz muito mais sentido servir o vinho em uma taça ou decanter, caso a bebida necessite, de fato, respirar. Dessa maneira, a superfície de contato do líquido com o ar é muito maior do que deixá-lo dentro da garrafa.

10. Sacudir espumantes

Uma cena típica de festas de Réveillon mundo afora: quando o relógio marca a meia-noite e a entrada de um novo ano, centenas de pessoas pegam o espumante cuidadosamente escolhido para celebrar a data e o sacodem vigorosamente antes de abri-lo. O resultado? O estouro típico e o arremesso da rolha metros adiante.

Bem, por mais divertido e festivo que pareça, saiba que essa não é a maneira mais adequada de abrir espumantes. Primeiramente, pelo desperdício, visto que grande parte do líquido transborda e se perde na brincadeira.

Além disso, sacudir um espumante antes de beber faz com que ele perca o gás e o perlage, tão importantes na experiência de degustação desse tipo de bebida. Assim, a melhor maneira de abrir um espumante — e apreciar o seu melhor — é devagar.

Dica: Espumante nature, extra brut, brut, seco, demi-sec e doce: quais as diferenças?

Segure firmemente a rolha com uma das mãos e gire a base da garrafa com a outra. Então, na hora de servir, despeje o espumante lentamente na taça, espere a espuma baixar e complete até atingir dois terços da capacidade do recipiente.

11. Segurar a taça de forma errada

Por mais que a maioria das taças de vinho seja fabricada em materiais delicados, segurar a taça pelo fundo, com toda a mão, segurando firme para que ela não escorregue entre os dedos, é um equívoco.

Ao fazer isso, o calor de suas mãos é transmitido ao líquido, o que, na maioria dos casos, influencia no sabor e no desprendimento de odores dos vinhos. Não é à toa que cada bebida possui uma temperatura ideal de consumo, não é mesmo?

Da mesma maneira, também não é por acaso que as taças desenhadas para beber vinhos e espumantes possuem hastes longas! Elas estão ali para que você segure o recipiente da bebida por elas, e não pelo fundo, ok?

E, sim: as hastes são resistentes o suficiente para que você as segure com firmeza, sem medo de quebrá-las.

Dica: Saiba escolher a taça ideal para o seu vinho

12. Analisar o vinho no primeiro gole

Ao contrário do que muitos pensam, aquela cena clássica — em que o garçom ou o sommelier da casa serve uma pequena quantidade do vinho escolhido pelos clientes em uma taça, antes de servir aos demais — não tem o objetivo de que, nesse momento, seja feita uma análise atenta e demorada do vinho em questão. Afinal, é impossível analisar e degustar verdadeiramente um vinho em um único gole.

O procedimento é adequado, mas para que alguém na mesa identifique se o vinho servido está ideal para o consumo e se está de acordo com o que foi solicitado.

Falhas na rolha, excesso de oxidação ou algum outro defeito grave e facilmente perceptível são alguns dos pontos observados. E, para isso, uma inalação apurada e um gole curto e rápido são mais do que suficientes.

Tendo isso em mente, deixe para degustar o vinho e tecer suas opiniões quando todos na mesa estiverem com suas taças cheias. Assim, vocês poderão discutir e aprender uns com os outros com calma, e não farão o garçom ficar esperando você discorrer sobre suas impressões no primeiro gole.

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13. Beber muito rápido

Quando determinado vinho cai maravilhosamente bem, é absolutamente normal que o bebamos rapidamente, sem nem perceber. Entretanto, se o seu objetivo é aprender a degustar e apreciar vinhos, fique atento à velocidade na qual você ingere o vinho.

É preciso algum tempo após cada gole para que se possa determinar, com precisão, os aspectos e características da bebida que você mais apreciou. A análise do retrogosto, por exemplo — característica que só pode ser avaliada depois que a bebida é engolida — é beneficiada se você beber mais devagar.

Então, entre um gole e outro, “estude” com calma o vinho que está degustando. Quem o produziu? Em qual ano? Em qual região do país ou do mundo? E essa variedade de uva, é uma das suas preferidas? O que você mais gosta ou não gosta nesse vinho, especificamente?

Além de aumentar, e muito, os seus conhecimentos sobre o vinho que está tomando, responder a essas questões fará com que você aprecie a experiência mais lentamente, e melhor. Pode acreditar!

14. Guardar vinhos sem tampa na geladeira

Em muitas ocasiões — especialmente quando estamos bebendo um vinho sozinhos — não conseguimos acabar com todo o conteúdo da garrafa de uma única vez. Então, o que fazer com o que sobra?

De fato, não é necessário jogar o vinho fora, mas jamais armazene a garrafa na geladeira sem tampa! Além de acelerar o processo de oxidação da bebida, isso ainda a fará absorver cheiros e sabores de outros produtos armazenados ali.

Por isso, se sobrou vinho na garrafa, a melhor atitude é passar o líquido para recipientes menores e com tampa, com um mínimo de espaço possível para a entrada de oxigênio. E, mesmo assim, saiba que nenhum vinho aguenta eternamente depois de aberto.

Enfim, como vimos, comprar, guardar e servir a bebida de Dioníso não precisa ser assim tão complicado.

Tudo é uma questão de ter acesso às informações corretas. Com essas dicas que trouxemos, os erros de iniciantes em vinhos podem ser evitados e você pode fazer bonito na frente de amigos e familiares!

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12/12/2017


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