Saborear uma boa taça de vinho com uma boa companhia e uma comida apetitosa certamente é uma experiência gratificante. Porém, poderia ser ainda melhor se ajudasse a melhorar a saúde, não é mesmo? Neste texto, vamos investigar se a crença popular de que vinho faz bem para o coração é real.
As propriedades do vinho e seus impactos no organismo — especialmente nas doenças cardiovasculares — foram e ainda são alvo de diversos estudos científicos. Por isso, há uma ampla gama de conhecimento para estabelecer uma resposta a este questionamento.
O vinho faz bem para o coração?
O que se sabe sobre a ação do vinho na saúde é que ele pode prevenir doenças cardiovasculares, diminuir a pressão, ajudar a controlar o colesterol e até proteger de alguns tipos de câncer.
A fonte principal de tantos benefícios está em uma molécula chamada resveratrol. O nome pode até parecer complicado em um primeiro momento, mas você vai querer conhecer a fundo as propriedades desse polifenol que já foi tido como milagroso!
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Presente na semente da uva, na película de uvas e vinhos tintos, essa substância atua na redução das lipoproteínas de alta densidade (conhecidas como colesterol LDL) e aumenta o colesterol de baixa densidade (colesterol HDL).
Por isso, impede a formação de placas de gordura nas artérias e vasos sanguíneos, e melhora a elasticidade das veias e a circulação. Dessa forma, evita infartos, entupimento das artérias e outras doenças graves relacionadas ao coração.
Segundo uma pesquisa da Queen Mary University of London publicada na revista Nature, o vinho tinto também consegue reduzir a síntese de Endothelyn 1 (também conhecido como E-1), um peptídeo vasoativo que é crucial para o desenvolvimento de aterosclerose coronária.
Quando ingeridas diariamente, pequenas quantidades de vinho tinto também têm impactos positivos na saúde. A American Heart Association descobriu que esse hábito pode reduzir em até 30% o risco de infarto e em até 40% a possibilidade de desenvolvimento de diabetes.
Como ele atua na prevenção do câncer?
Também é o resveratrol que atua para fazer com que a bebida tenha ação preventiva ao câncer. Uma das ações desse polifenol no corpo humano é combater a multiplicação de células tumorais, por meio da inibição da proteína NF Kappa B, que regula essa proliferação.
O vinho pode retardar o envelhecimento?
O resveratrol é um antioxidante poderoso e também atua evitando o envelhecimento precoce. Por isso, o consumo moderado de vinho é indicado como uma das formas de prolongar a juventude. Porém, apesar de já haver estudos analisando a ação da molécula em animais, ainda faltam informações científicas sobre a ação da substância no envelhecimento humano.
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O que se sabe é que as populações que vivem em áreas produtoras de vinho têm expectativas de vida maiores do que a população em geral, podendo variar até 45%. Diversos estudos com metodologias diferentes já comprovaram essa tendência.
Já os polifenóis do vinho — como a catequina e o ácido gálico — combatem os radicais livres e retardam o envelhecimento em razão da sua ação antioxidante, além de trazerem benefícios como:
- melhorar a atenção;
- melhorar a comunicação durante o envelhecimento;
- acalmar e reduzir a agitação;
- reduzir a incidência de incontinência urinária.
Quais os melhores vinhos para proteger o coração?
O vinho branco possui uma boa quantidade de antioxidantes, mas o vinho tinto se destaca no quesito benefícios à saúde, devido à maior concentração de resveratrol nas uvas utilizadas na bebida.
É importante ressaltar que os benefícios são diferentes conforme a qualidade ou variedade do vinho. Por exemplo, opções com açúcar adicionado e de baixa qualidade não impactam positivamente o organismo, já que o açúcar é uma substância prejudicial à saúde. Ou seja: escolher bons rótulos faz toda a diferença.
Os vinhos brasileiros foram analisados por pesquisadores e foi encontrado uma quantidade média de 2,57 mg/L nos 36 rótulos estudados. Algumas opções chegaram a 5,75 mg/L, o mesmo nível dos rótulos franceses, considerados referência neste quesito.
Para se ter uma ideia, o volume da substância em vinhos estrangeiros é metade do brasileiro. Vinhos portugueses têm em média 1,00 mg/L, enquanto os chilenos e argentinos apresentam 1,21 mg/L.
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Qual é a importância de fazer o consumo moderado?
Embora já esteja comprovado que o vinho tinto realmente faz bem à saúde, todos os pesquisadores ressaltam que o consumo deve ser moderado. Porém, não há uma quantidade estabelecida para aproveitar os benefícios: algo em torno de uma taça por dia para mulheres e duas para homens parece o ideal.
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Além disso, o consumo regular parece fazer diferença. Em entrevista à CNN, o pesquisador da Universidade de Harvard Eric Ramm avisa que ingerir uma garrafa inteira de vinho em um sábado à noite não tem os mesmos efeitos de beber pequenas quantidades diariamente.
Os apreciadores de um bom vinho certamente ficam contentes ao averiguar que a bebida tem tantas propriedades benéficas ao organismo. Todavia, é preciso ficar atento, já que ingerir boas variedades da bebida em quantidades pequenas todos os dias parece fazer a diferença para aproveitar os benefícios.
Agora que você já sabe que vinho faz bem para o coração, para a longevidade e que pode até prevenir o câncer, que tal instigar seus amigos a fazer o consumo consciente da bebida para aproveitar esses benefícios? Compartilhe este texto nas redes sociais!