Do cultivo da uva à prateleira do mercado, a elaboração do vinho passa por uma série de etapas extremamente importantes para a qualidade final da bebida. Como uma obra de arte, todas as etapas da vinificação são fundamentais, como o processamento da matéria-prima, fermentação alcoólica, maturação em barricas de carvalho e demais processos, até o momento de seu engarrafamento.
Muitas vezes passando desapercebido, o envase correto é essencial para que a bebida de Baco seja realmente digna de agradar até os deuses. Não sabe como é feito o engarrafamento? Acompanhe este post e descubra!
O que é utilizado para envasar o vinho?
Atualmente esse processo é totalmente mecânico. Para realizá-lo, são utilizadas três máquinas: a enxaguadora, a enchedora e a rolhadora. A primeira, utilizada na higienização das garrafas, lava os recipientes com água esterilizada por microfiltração ou com ozônio.
Já a enchedora, como você deve imaginar, é responsável por encher as garrafas com o vinho, enquanto a rolhadora veda a bebida com as rolhas de cortiça.
Além desses equipamentos, o processo da produção do vinho utiliza recipientes — a maioria é de vidro, mas também há Tetra Pak e Bag in Box — e vedantes, que podem ser as rolhas (naturais ou sintéticas) ou as tampas screw cap.
Dica: Como as características da garrafa influenciam no vinho?
Como ocorre essa etapa da elaboração do vinho?
É relativamente simples, mas isso não significa que não exija alguns cuidados. Depois de devidamente higienizadas, as garrafas são encaminhadas para o enchimento. Esse processo começa com a retirada do oxigênio de dentro dos recipientes. Para isso, uma máquina injeta nitrogênio.
Esse processo é importante para evitar a oxidação demasiada do vinho. O contato prolongado com o oxigênio, faz com que as características sensoriais da bebida se modifiquem, em maior parte negativamente.
Por fim, as garrafas recebem as rolhas e os rótulos e podem ser encaminhadas para o mercado ou para o envelhecimento nas adegas.
Quais os tipos de vedação usados?
Diversos são os vedantes que podem ser utilizados. Os mais tradicionais são as rolhas de cortiça, mas há outros tipos. Confira:
Rolha de aglomerado
Feita de pequenos pedaços de cortiça unidos por uma cola especial, é mais barata que a rolha tradicional. Por ter elasticidade e durabilidade menor, costuma ser utilizada em vinhos que devem ser consumidos jovens.
Rolha sintética
Também utilizada em vinhos mais jovens, sua durabilidade é de aproximadamente 5 anos. São mais acessíveis e não correm o risco de serem contaminadas TCA (tricoloanisol, que causa mau cheiro).
Rolha de cortiça
Adotada como padrão de vedação desde o século XVII, a cortiça é um material natural extraído da casca do sobreiro, uma árvore muito encontrada em Portugal. Tem grande longevidade, permeabilidade e elasticidade. Apesar dessas vantagens, é bastante vulnerável ao TCA.
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Screw cap
Também conhecida como tampa de rosca, essa vedação começou a conquistar espaço a partir da produção australiana. É constituída de uma tampa metálica com interior coberto por um plástico que impede a entrada do oxigênio e tem sido usada com grande sucesso em diversos países.
Viu como essa etapa, bem como os materiais utilizados, é fundamental para a elaboração do vinho de qualidade? Quando o envase não é seguido à risca, a qualidade da bebida pode ficar comprometida. Por isso esse processo é levado tão a sério pelas vinícolas. Afinal, ninguém quer que o cliente tenha uma experiência ruim, mas sim extremamente alegre e prazerosa.
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