Vinhos de sobremesa: quais são os mais indicados?


Vinhos de sobremesa: quais são os mais indicados?

Que o mundo dos vinhos e da gastronomia possui infinitas possibilidades não temos dúvidas. E muitas vezes o ápice de uma refeição é a sobremesa, e também o "líquido dos Deuses" que irá acompanhá-la. Como o nome já sugere, os vinhos de sobremesa harmonizam perfeitamente com alimentos mais adocicados, ou mesmo podem ser consumidos sem guarnições, auxiliando na digestão e proporcionando muito prazer ao degustador

Nessa categoria, encontramos vinhos que naturalmente apresentam elevadas concentrações de açúcar, podendo ser tintos, brancos, rosés ou, até mesmo, espumantes. Além disso, podem ser encorpados ou leves, jovens ou envelhecidos, trazendo uma variedade incrível a nossa disposição. Quer saber mais sobre o assunto? Então continue a leitura, pois neste post trazemos dicas de harmonização, técnicas de elaboração e muito mais, confira!

Qual é a diferença do vinho de sobremesa para o vinho suave?

Muitas pessoas confundem  esses estilos de vinho, já que ambos apresentam marcante doçura. No entanto, existem características muito distintas, abrangendo desde as técnicas de elaboração, até a carga aromática e sabores percebidos. 

No que se refere ao sabor, os vinhos de sobremesa têm doçura mais intensa e são mais concentrados que os suaves. Já na técnica. O primeiro é feito com o açúcar natural da própria fruta, enquanto no segundo adiciona-se açúcar exógeno ao final da vinificação.

É interessante desmistificar o conceito de que os vinhos para serem bons devem ser secos. Talvez por essa convicção (errada) é que os brasileiros não tenham o hábito de consumir os vinhos mais doces.

Você sabia que os vinhos mais caros e preciosos do mundo são, justamente, os mais doces? Eles são tão valorizados que, para muitos, são considerados um verdadeiro néctar dos deuses. Até porque para elaborar uma garrafa deles é necessária maior quantidade de uvas que os demais. Interessante, não é?

Dica: Vinho e chocolate: 5 dicas para a melhor harmonização!

Quais são as técnicas empregadas na elaboração do vinho de sobremesa?

Existem alguns métodos utilizados na elaboração dos vinhos de sobremesas que conferem sabores, aromas e estruturas distintas. Veja, a seguir.

Colheita tardia

As uvas são deixadas na videira e colhidas após o tempo de maturação normal. Assim, elas perdem água e concentram mais açúcares, tornando o mosto bem doce e ácido. É um método muito utilizado nos países do Novo Mundo.

Passificação

Tem o mesmo conceito da anterior, mas as uvas são colhidas na maturação normal e submetidas à desidratação em esteiras colocadas ao sol e ventiladas. É empregada na Europa, principalmente na Itália.

Podridão nobre

Apesar de o nome parecer pouco atrativo, esse tipo de processo é super curioso. O vinho é resultante de uvas atacadas por um fungo chamado Botrytis cinerea, onde a casca das uvas é rompida, culminando na evaporação da água. E não se preocupe, o sabor do vinho é incrível e representa grandes rótulos provenientes da França e da Hungria.

Congelamento

Em determinados lugares em que as videiras são atingidas pela neve, as uvas, ainda no pé da planta, são congeladas. A água naturalmente presente nas frutas é cristalizada, e durante o esmagamento, o mosto extraído apresenta uma incomparável riqueza de compostos açucarados. Este fenômeno é mais comum na Alemanha e no Canadá, sendo conhecidos como Ice Wine

Fortificação

Inicialmente, o processo é igual ao do vinho seco, porém a fermentação alcoólica é interrompida muito antes que os açúcares acabem. Este feito só é alcançado através da adição de uma aguardente, conhecida como álcool vínico. Dessa maneira, o vinho se mantem doce, já que as leveduras não poderão consumir completamente o açúcar. É muito utilizado em Portugal, Espanha e Itália.

Sobre as uvas utilizadas, isso varia conforme o local da vinícola, por exemplo, em Bordeaux são usadas a Sémillon, na Hungria a Furmint, na Alemanha a Riesling e no Novo Mundo a Chardonnay, em Portugal a Touriga Nacional, e assim por diante. 

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Quais as regras para harmonizar esse vinho com as sobremesas?

Essa é uma dúvida que sempre surge. Afinal, como dissemos, não é muito comum no nosso país saborear uma sobremesa acompanhada de vinho. Contudo, com apenas algumas dicas, já dá para ter uma noção de como harmonizar a bebida com o prato.

Corpo

O primeiro passo é a consistência, tanto da sobremesa quanto da bebida. Elas devem se proporcionais, ou seja: para doces mais leves, como compotas e tortas de frutas frescas, o vinho também deve ser leve.

O contrário também acontece: em sobremesas com maior teor de açúcares e gorduras, como as que levam creme de leite, gemas e leite condensado, o vinho deve ser mais encorpado.

Doçura

Nesse caso, a regra é clara: o vinho sempre deve ser mais doce do que a sobremesa. Porém, o seu gosto não deve sobressair ao do prato servido. Isso é: eles devem se complementar no paladar para maximizar os sabores, proporcionando uma ótima experiência. 

Você pode perguntar se não vai ficar tudo muito doce. Pois bem, um truque é servir o vinho sempre resfriado, pois, assim, o açúcar fica menos evidente, deixando a combinação ainda mais harmônica. 

Dica: 6 dicas incríveis de harmonização de vinhos

Quais são os vinhos indicados para cada tipo de sobremesa?

Se mesmo com as dicas anteriores, você ainda está indeciso sobre qual vinho de sobremesa optar para cada tipo de doce, daremos algumas sugestões, acompanhe.

Com frutas

Para cheesecake com calda de frutas, saladas de frutas e torta de maçã, pode apostar em vinhos leves, com o mesmo teor de açúcar e, até mesmo, com notas cítricas. Nossa sugestão é o delicado moscatel

Com chocolate

Para brownies, mousses e tortas com chocolate, o ideal é investir em vinhos encorpados e com sabor marcante. Sendo assim, os brancos estão descartados — uma boa dica é o vinho do Porto.

Com doce de leite

As sobremesas que têm o doce de leite como protagonistas são extremamente doces. Para harmonizar e quebrar a doçura, os vinhos mais ácidos são uma boa pedida, como o Ice Wine.

Com café

O tiramisu, frapuccino e outros pratos que contam com o café como ingrediente merecem vinhos que têm sabores e características semelhantes, como o marsala.

Com leite e ovos

Os pudins, manjares e os cremes brûlées têm texturas aveludadas e toques suaves. Por isso, devem ser consumidos acompanhados de vinhos de colheita tardia, como o late harvest

Viu como harmonizar um bom vinho de sobremesa é mais fácil do que você imaginava? Com as nossas dicas as suas refeições serão ainda mais prazerosas. Por isso, não hesite em degustar uma taça de um bom rótulo com o seu doce favorito.

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Por
15/01/2019

Enólogo, Sommelier e Embaixador da Marca.


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